segunda-feira, 4 de outubro de 2010

... Psicopatologia da Vida Cotidiana...


Depois dos protestos metafísicos de Hegel e Kierkegaard, do protesto vitalista de Nietzsche e do protesto social de Marx, caberia a Freud, na defesa da personalidade humana contra o poder absorvente e despersonalizante da Idade Técnica, lançar o ultimo dos grandes desafios existências dos tempos modernos: a metapsicologia, ou o protesto psíquico.
Êsse o significado de Freud na sociedade contemporânea, e essa a razão por que continuam válidas as teorias de que ele foi iniciador e profeta, apesar da enorme evolução que sofreram. Grande número de psicoterapeutas vêm ùltimamente revelando que, na maioria dos conflitos observados em seus doentes, a causa está sempre condicionada pela situação social em que vivem, numa sociedade repressiva, ansiosa, originadora de compulsões, de concorrências e de limitações de tôda espécie.
Enquanto traçava a trajetória do anormal para o normal, descobriu Freud quão tênue era a linha de demarcação entre o indivíduo normal e o neurótico, e que os mecanismos psicopatológicos, tão luminosamente observados nas psiconeuroses e nas psicoses, podiam, em geral, ser demonstrados nas pessoas normais, embora em menor grau. Tão conclusão foi que conduziu à publicação deste livro, no qual o autor lança muita luz sobre os problemas complexos do comportamento humano e demonstrou, claramente, que o ate então considerado intransponível entre os estados normal e anormal é mais aparente do que real.
Psicopatologia da Vida Cotidiana é considerada a obra mais popular de Freud, sucedendo-se as suas edições nas principais línguas civilizadas, há cerda de cinqüenta anos.

>>M.H.

...O Mundo de Erich Fromm...

A guerra, o caos cultural, as explorações psicanalíticas, a ausência de raízes, o totalitarismo – eis as características marcantes do mundo Erich Fromm, cujos livros esgotam sucessivas edições em todas as línguas.
Êste livro é uma análise crítica desse mundo frommiano. Não se trata de um livro polêmico ou de uma refutação pura e simples das teorias de Fromm, mas de um exame profundo do corpo de idéias por ele desenvolvidas em sua volumosa obra, cujo conhecimento, afirma o Autor, é indispensável em qualquer debate sério sobre os problemas sociais modernos.
A obra de Fromm é apresentada em três grandes divisões: a primeira é a análise da natureza humana e da condição humana; a segunda, é a explicação histórica de como a sociedade moderna se tornou enferma, juntamente com seu diagnóstico da própria enfermidade; a terceira, finalmente, é a cura proposta, na qual ele transmite sua visão da vida sã e esboça uma constituição para a sociedade sã.
A atenção do Autor se desloca então para a idéia central de Fromm: sua convicção de que nossa civilização esmaga e corrompe as mais profundas necessidades e os mais nobres poderes do homem, desviando-o de sua meta, que é a terra prometida da liberdade e do amor.
Adverte sobre a freqüência com que se encontra nas paginas de Fromm idéias plausíveis e atraentes à primeira vista, mas que a um exame mais detido revelam-se surpreendentes em suas premissas e desconcertantes em suas implicações, encerrando princípios e conceitos contraditórios. Mas, acrescenta, essa mesma ambivalência geral de sua obra é também uma de suas características mais emocionantes, tornando seus escritos tensos e vigorosos e estimulando o leitor a tentar a reconciliação dos opostos e a fazer as difíceis escolhas a que ele próprio foge.
Trata-se, portanto, de um ensaio que proporciona ao leitor Erich Fromm uma visão crítica de sua obra, dando-lhe ademais uma oportunidade de refletir sobre as teorias do mestre, que se constituem sem duvida na mais importante tentativa de interpretação ate agora empreendida da sociedade industrial moderna.
>>M.H.

...De Gaulle...

A figura de Charles André Marie Josseph De Gaullle – soldado, herói, estadista, escritor, profeta – emerge em toda sua grandeza das paginas dessa importante biografia escrita por Sir Bernard Ledwidge, diplomata inglês, ministro na Embaixada britânica em Paris na década de 1960 e amigo pessoal de seu biografado.
Inquiridor e pesquisador minucioso, Sir Bernard esquadrinha o ambiente familiar, a educação escolar ministrada inicialmente pelos jesuítas, a leitura dos clássicos latinos e gregos, dos filósofos alemães (Nietzsche, especialmente) e dos grandes historiadores, além dos clássicos franceses e dos anos na academia militar de Saint-Cyr, valorizando devidamente todos os elementos básicos formadores do caráter daquele que seria um doa maiores vultos da historia moderna.
As vicissitudes e dificuldades que marcaram os começos da carreira do militar, que não foram poucas e em grande parte devidas à sua forte personalidade e, nas palavras de Pétain, “por uma auto-suficiência excessiva, o desprezo pelas opiniões alheias e pela ar de rei no exílio”, ate a criação das primeiras unidades blindadas do Exercito Francês e o desastre de 1940, ocupam vários dos capítulos iniciais. Essa introdução contribui de maneira essencial para o entendimento pleno do De Gaulle político que surge da França destroçada e, consciente de que ainda não se ensinará o ultimo ato do drama, vai para Londres, instala o governo francês no exílio e de La se transfere, três anos depois, para Argel, mantendo viva a chama da resistência ao invasor alemão ate sua volta ao solo francês.
A partir daí, a trajetória do herói lendário se mistura à estadista que em pouco tempo restaurou o prestigio da França e reconheceu a impossibilidade de manter o império colonial francês. No plano internacional, não vacilou em aconselhar aos americanos a se retirar do Vietnã, a reconhecerem o governo comunista Chinês ou a deixarem o preço do ouro chegar a seu nível natural. Varias vezes contrariou a Churchill ou a seus sucessores no Foreigm Office, seja manifestando suas idéias quanto à segurança européia depender do poder dissuasório atômico americano ou opondo-se à admissão da Inglaterra na Comunidade Econômica Européia. O abandono da política de blocos e a crença de que as nações deveriam superar as ideologias também figuram entre as numerosas idéias e iniciativas de âmbito mundial de De Gaulle analisadas nesta biografia, considerada pelo comentarista político Paulo Francis como a mais importante ate aqui aparecida, não sendo outra a razão por que foi traduzida em 1985 na própria França, país no qual não faltam certamente biografias da maior figura de sua historia desde Napoleão.


>>M.H.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

...O Homem como Idéia e Realidade...


No sétimo livro da República, Platão criou uma alegoria – hoje célebre e sempre citada – a que os filósofos denominam de Teoria das Formas ou idéias, e com a qual procurou demonstrar que vivemos num mundo de sombras e de aparências, que só pela reflexão é que podemos chegar à verdade ou à realidade das coisas.
O que vamos aqui escrever, nada tem que ver com as sutilezas de imaginação do genial filósofo de Atenas. Queremos apenas tentar compreender o dualismo de comportamento do ser humano, a maneira dual de agir do homem diante de si próprio e perante o seu mundo de relações.
Acreditamos que, até onde podemos chegar os conhecimentos do ser humano, nada nos afirma ser o homem o centro do universo. Apenas o personagem central de um drama em torno do qual vai se desenvolvendo a história de um minúsculo planeta perdido na imensidão do cosmo. Por isso, ao cruzar mais uma etapa do tempo, ele olha para o futuro e, inquieto, pergunta para si mesmo: Para onde vou?
Eu diria a resposta a essa indagação poderá ser encontrada naquele velho manuscrito dos Essênios, perdidos nas cavernas do Mar Morto, no qual alguém deixou escrito esta sentença: “O homem é um constante viajar solitário, cujo destino é um permanente combate entre a Luz e as Trevas”.
Evidentemente, esta é a história da humanidade. É com Luz, Sombras e Trevas que o homem constrói a sua história e a história do mundo. São com infinitos fragmentos do tempo que se constroem os dias, os anos, os séculos e os milênios. São com as grandes e pequenas idéias que se escreve a história da humanidade, esse grande livro em que cada povo vai registrando o seu próprio capítulo, assinalado por bons e maus momentos.
Ora praticando o bem, ora praticando o mal, o homem sempre esteve presente em todo os atos da sua história, seja pelo vigor de sua cultura, seja pelo espírito de rebeldia, de conquista e de domínio. E assim, criaram-se as civilizações, cujo “conceito não pode ser expresso por uma raça nem por um momento histórico isolado, mas por diferentes idéias que têm inspirado a humanidade em sua evolução, através do tempo e do espaço”.
A história dos homens sempre existiu na sua forma primitiva, como narrativa oral, transmitida pelo presente ao futuro. No entanto, só a partir do século IV a. C., quando alguém reuniu os fatos dignos de nota para escrever a história de uma época, é que surgiu o primeiro historiógrafo e com ele A História, esse grande capítulo, para que o futuro possa medir os limites da razão e dos sentimentos humanos.
Corresponde ao 1º capítulo do livro.
>>M.H.

...A Sobrevivência da Humanidade...



“Todos os homens de boa vontade, ou antes, todos os homens que amam a vida, devem formar uma frente única para a sobrevivência, para a continuação da vida e da civilização. Com todo o progresso cientifico e técnico que conseguiu, o homem acabará vencendo o problema da fome e da pobreza, e pode tentar soluções em sentidos diferentes. Há uma coisa, porem, que ele não pode – é continuar os preparativos para a guerra que, desta vez, levará à catástrofe. Ainda é tempo de prevermos nossa atitude. Mas se não agirmos logo, perderemos a iniciativa, e as circunstâncias, instituições e armas que criamos assumiram o controle da historia e decidiram nosso destino”.
Com estas cadentes palavras, Erich Fromm – o mais profundo estudioso da sociedade moderna – finaliza este grande e belo livro, no qual discute a tese de que o homem de nossos dias está num dilema entre o pensamento são e o pensamento paranóico em política internacional, entre a aniquilação representada pela super bomba e a possibilidade de paz que a razão ainda lhe aponta: a coexistência pacífica entre os dois blocos, combinada com o desarmamento universal controlado, que não é utópico nem irrealizável, como ele o demonstra exaustivamente, nesta magistral análise.
Dentro deste ponto de vista, examina em profundidade algum pontos de choque entre leste e oeste: o problema da China e a possibilidade de uma guerra provocada por erro humano ou mecânico, o destino da humanidade depois de uma guerra nuclear e vários outros tópicos de grande atualidade e extrema importância.
A psicanálise e a filosofia Marxista – dois agudos instrumentos de analise que Erich Fromm maneja brilhantemente – são aplicados ao estudo da situação mundial e contribui para tornar a leitura deste livro ainda mais fascinante.
>>M.H.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

... John Steinbeck uma Biografia...


A vida de John Steinbeck, como é contada por Jay Parini nesta magnífica biografia, é digna da própria ficção de Steinbeck. Nascido em 1902, em uma pequena cidade ao norte da Califórnia, ele teve uma trajetória que reflete os altos e baixos deste século tumultuado.
Filho de um comerciante falido que se transformou em pequeno funcionário público, Steinbeck desde jovem se recusou a aceitar qualquer modelo. Assim, cavou valas e lavou pratos ao mesmo tempo que freqüentava a Universidade de Stanford, sem, contudo, conseguir se formar. O motivo: bebia demais e lia os livros errados – tipo eu hehe -. Lutou durante mais de uma década para se estabelecer como escritor, defendendo a qualidade de sua obra, embora os críticos da época o considerassem um sentimental.
Apesar disso, ele não pôde ser ignorado – foi um fenômeno, uma figura literária imbuída de um tipo de sabedoria que está presente na tradição americana, com raízes em Emerson e Whitman. Com sua visão poderosa das conseqüências da Depressão (tipo eu?), ele acabou desfrutando de um período extraordinário (o que não me aconteceu) de criatividade em livros como As vinhas da ira, Vidas amargas (tipo a minha kk) e Boêmios errantes, verdadeiros gritos de protesto que suscitaram indignação nacional e deram a Steinbeck sucesso mundial.
Jay Pairini também conta a historia das relações de amor e ódio de Steinbeck com Hollywood e a Broadway, e analisa suas amizades muitas vezes tempestuosas com inúmeros escritores, artistas, intelectuais e políticos célebres, de Charles Chaplin a Lyndon Johnson, de Ernest Hemingway a William Faulkner.Construindo a partir de entrevistas com dezenas de pessoas que conheceram Steinbeck intimamente, entre elas a mulher do escritor, Elaine Steinbeck, e baseado também em cartas – publicadas e inéditas -, diários e manuscritos, John Steinbeck é ao mesmo tempo uma revelação e um retrato fascinante de um dos maiores escritores do século. Quando John morreu em 1968, o último representante de uma geração de escritores americanos que incluía F. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein, ele talvez fosse o escritor mais popular do mundo, embora sua reputação entre os críticos ainda não estivesse solidificada. O prêmio Nobel de Literatura, concedido em 1964, nada fez para apaziguar seus detratores, mas Steinbeck jamais perdeu a legião de admiradores que ainda hoje fazem seus livros venderem milhões de cópias em todo mundo.
>>M.H.

...Meu encontro com Marx e Freud...

Este novo e extraordinário livro é a autobiografia intelectual de Erich Fromm, onde o grande psicanalista explica os caminhos que o levaram ao encontro de Freud e Marx, esses dois gigantes do pensamento que – com Einstein – são os grandes arquitetos do mundo moderno.
O solo comum de onde brotou o pensamento de Marx e Freud é, em última análise, o conceito do humanismo e de humanidade que, remontando à tradição judaico-cristã e greco-romana, ingressou na história européia com a Renascença e desdobrou-se plenamente nos séculos XVIII e XIX: a realização do homem total, considerado como a possibilidade máxima do desenvolvimento natural.
A defesa de Freud faz dos direitos dos impulsos naturais do homem, contra a força da convenção social, bem como seu ideal de que a razão controle e contenha esses impulsos, é parte da tradição do humanismo. O protesto de Marx contra uma ordem social na qual o homem é alijado pela sua subserviência à economia, e seu ideal de plena realização do homem total e inalienado, é parte da mesma tradição humanista.
A visão de Freud foi limitada pela sua filosofia mecanicista e materialista, que interpretava as necessidades da natureza humana como essencialmente sexual. A visão de Marx era muito mais ampla, precisamente porque via o efeito pernicioso da sociedade de classes, e pôde assim ter uma visão do que seria o homem sem peias e suas possibilidades de seu desenvolvimento, quando a sociedade se tornasse totalmente humana.
Freud foi um reformador liberal. Marx um revolucionário radical. Embora diferentes, eles tem em comum um desejo incondicional de libertar o homem, uma fé igualmente incondicional na verdade como instrumento dessa libertação e a convicção de que a condição disso está na capacidade do homem romper as cadeias da ilusão.
>>M.H.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

...O Encantador de Cães...


Uma vez que estamos entre amantes de livros, resolvi propor uma leitura pitoresca. Após meu cachorro, o Freud, tentar abocanhar um manual de direito constitucional horroroso – que, ainda bem, não era o meu – da minha estante, me lembrei desse livro divertido livro escrito pelo mexicano Cesar Millan, astro do programa de TV do canal Animal Planet com o mesmo nome.

O psicólogo canino – já que o mesmo não gosta de ser chamado de adestrator, preferindo dizer que ele reabilita cães e treina mesmo são seus donos – escreve um livro meio biográfico, meu faça-você-mesmo, no qual relata suas experiências e conselhos de como cuidar do nosso “melhor amigo”. O segredo, diz Millan é nunca perder de vistas que nós somos os “senhores da matilha” e, para conservar tal posição, devemos manter sempre uma “energia calma e assertiva”.

Fato é que ele é um exemplo de força de vontade e de dedicação. No livro, somos apresentados à sua origem humilde num subúrbio do México, bem como a momentos particulares de sua vida, como imigração ilegal nos EUA, seus primeiros empregos em petshops, crises do seu relacionamento conjugal – onde ele não esconde... ele é o senhor da matilha lá fora, mas quem manda na casa dele é sua esposa! -, até sua porta para o sucesso quando começou a atender cães de estrelas de cinema, começando pelo casal Will Smith, que lhe permitiu montar seu Centro de Psicologia Canina na Califórnia e estabelecer seu programa de TV.

O interessante de Millan é que não promete vender a fórmula mágica da boa relação entre cães e humanos. O tempo todo nos ensina que tudo é uma questão de energia e de como nos comunicamos e nos relacionamos com eles. Acima de tudo, o segredo é impor e deixar claro os limites da relação, sem violência e com muito carinho e atenção. Sua figura no meio do adestramento é muito criticada por outros especialistas, mas fato é que se assistirmos ao show não dá pra não ficar impressionado com a rapidez com que ele soluciona os casos desafiantes que lhe são apresentados. Vale conferir nós mesmos e assumirmos a postura Millan com nossos amigos peludos para avaliarmos a procedência do que ele nos diz.

É bem verdade, ainda, que Millan se torna cada vez mais popular nos meios de mídia, fazendo pontas em filmes como Plano B e até mesmo recebendo uma participação em um episódio do South Park, quando a mãe do obeso Cartman, após ter pedido ajuda para a ineficaz Super Nanny, apela pala Millan dar um jeito no seu filho descontrolado.

Bom, indicação então para quem é não apenas adorador de livos, mas dos animais! Abraços a todos e boas leituras!

Enviado pelo seguidor Pedron
>>Decah

...Fortaleza Digital...


"Muitos dos ingredientes que, anos depois, fariam com que o autor fosse reconhecido como um novo mestre dos livros de ação e suspense já estavam presentes no seu romance de estréia: a narrativa rápida, a trama repleta de reviravoltas que prendem o leitor da primeira à última página e o fascínio exercido por códigos secretos, criptografia e enigmas misteriosos. Em "Fortaleza Digital", Brown mergulha no intrigante universo dos serviços de informação e ambienta sua história na ultra-secreta e multibilionária NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de inteligência do mundo.Quando o supercomputador da NSA, até então considerado uma arma invencível para decodificar mensagens terroristas transmitidas pela Internet, se depara com um novo código que não pode ser quebrado, a agência recorre à sua mais brilhante criptógrafa, a bela matemática Susan Fletcher.Presa numa teia de segredos e mentiras, sem saber em quem confiar, Susan precisa encontrar a chave do engenhoso código para evitar o maior desastre da história da inteligência americana e para salvar a sua vida e a do homem que ama."

>>M.H.

...O Menino do Pijama Listrado...


"Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável."

Leitura Obrigatoria

>>M.H.

terça-feira, 20 de julho de 2010

...Honoráveis Bandidos...



"Um dos jornalistas mais respeitados do país conta os bastidores do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney. Do Maranhão ao Senado, o livro mostra os cenários e histórias protagonizadas pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou amigos e parentes.
Com 50 anos de vida pública, o político mais antigo em atividade no país enfrenta escândalos e a opinião pública. É a partir daí que o livro puxa o fio da meada, utilizando as ferramentas do bom jornalismo investigativo. Sempre com muito bom humor, o jornalista faz um retrato do Brasil na era Sarney, os mandos e desmandos do senador e seus filhos, no Maranhão e no Congresso Nacional."

Leitura Obrigatoria.

>>M.H.

...O Mago...


“A incrível historia de Paulo Coelho, o menino que nasceu morto, flertou com o suicídio, sofreu em manicômios, mergulhou nas drogas, experimentou diversas formas de sexo, encontrou-se com o Diabo, foi preso pela ditadura, ajudou a revolucionar o Rock brasileiro, redescobriu a fé e se transformou em um dos escritores mais lidos do Mundo. Paulo Coelho de Souza nasceu em uma chuvosa madrugada de 24 de Agosto...”
Graças a Fernando Morais, o autor que ajudou a fundar a biografia como gênero literário no Brasil, volta sua verve investigativa para o personagem brasileiro que se converteu no grande mito de nossa história recente: Paulo Coelho --um escritor universal que alcançou astronômica marca de 100 milhões de livros vendidos e a façanha de ser o autor vivo mais traduzido do planeta. "O Mago" conta a eletrizante trajetória de Paulo Coelho e revela episódios de sua vida.
Basta? Ou falta alguma coisa? Haha. Apesar de detestar a obra do Paulo Coelho, sua bio/Vida é interessantíssima. Valeu à pena!
>>M.H.

...O Diário de Anne Frank...


Um relato da menina por trás do mito.

"12 de Junho de 1942 – 1º de Agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário ( Querida Kitty, assim o chamava ) toda a tensão que sua família sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final de muitos dias de silencio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para Auschiwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os Judeus, faz deste livro u precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 linguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, a transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião, e revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento."
Acho que é obvio. Leitura obrigatória.
>>M.H.

...O Direito À Diferença...



“O autor vai à história, à antropologia, à sociologia e à filosofia política para fundamentar a tese jurídica de uma sociedade plural e inclusiva. Para ele, o Direito oferece suficiente repertório para corrigir descompassos sistêmicos e assimetrias econômico-culturais que povoam os espólios de nossa tradição branca, machista e excludente. Identifica e distingue as discriminações lícitas das discriminações ilícitas.”
Leitura mais que obrigatória!!

>>M.H.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

...A Cidade do Sol...


“Uma jovem Mariam está sentada junto à mesa, fazendo uma boneca à luz de uma lamparina a óleo. Está cantarolando. Tem o rosto suave e juvenil, o cabelo foi lavado e está penteado para trás. E não lhe falta nenhum dente. Laila a vê colar pedaços de lã na cabeça da boneca. Em poucos anos, essa menina vai ser uma mulher que pede muito pouco da vida, que nunca incomoda ninguém, que nunca deixa transparecer que ela também tem tristezas, desapontamentos, sonhos que foram menosprezados. Uma mulher que vai ser como uma rocha no leito de um rio, suportando tudo sem se queixar. Uma mulher cuja generosidade, longe de ser contaminada, foi forjada pelas turbulências que se abateram sobre ela. Laila já consegue ver algo nos olhos daquela menina, algo tão arraigado que nem Rashid nem os Talibãs conseguiram destruir. Algo tão rijo e inabalável quanto um bloco de calcário. Algo que, afinal, acabou sendo a sua ruína e a salvação de Laila. A menina ergue os olhos. Deixa a boneca de lado e sorri. Laila Jo?”

>>M.H.

...Operação Cavalo de Tróia...


“Existirão fronteiras intransponíveis entre o passado o presente e o futuro?
O passado já não existe senão como memória?
O presente se extinguirá como o passado?
E o futuro, já existirá neste momento?
Em seu refúgio no México, no fim da vida, um militar e cientista da Força Aérea norte-americana confia ao autor deste livro documentos que, surpreendentemente, revelam a execução de uma experiência que lhe permitiu voltar no tempo quase dois mil anos e ser testemunha ocular e participante dos últimos dias de Jesus Cristo na Terra, desde sua entrada em Jerusalém ate sua prisão, julgamento, crucificação e ressurreição.
Esta prodigiosa experiência, batizada pela NASA de “Operação Cavalo de Tróia”, teria sido realizada sigilosamente em 1973, em pleno coração de Israel.
O que se segue é um relato, no mínimo impressionante pelos detalhes e minúcias, dos acontecimentos daqueles dias.
Testemunha ocular? Imaginação ou realidade?
Usando palavras do próprio autor: “como aconteceu com Júlio Verne, só o futuro poderá dizer se este relato foi ou não verídico”. “
>>M.H.

...Se um Viajante numa Noite de Inverno...


“Se um viajante numa noite de inverno” é uma obra do cubano – mas italiano de coração – Ítalo Calvino, conhecido na literatura mundial como o poeta do absurdo – ou, na verdade, um adepto do surrealismo literário; ele é um dos poucos que com a pena consegue se assemelhar às proezas de Dali no terreno das artes plásticas.

Nesse livro, originalmente publicado em 1979, Calvino escreve para e sobre aqueles que gostam de ler. Assumindo a audácia de escrever toda a história através de uma narração em segunda pessoa – e é isso mesmo, meus caros, 2ª pessoa! – dirige-se o tempo todo para o leitor, que é transformado no personagem principal. O livro, então, usa como recurso um leitor hipotético que ganha densidade em cada um de nós; ele não tem nome ou descrições, justamente para que possa se amoldar àquele que lê. Mas como isso é possível? Ora, Calvino desenvolve sua obra em diálogo com seu leitor (nós) através de frases como “agora você vai fazer isso...” ou “você adentra ao recinto e percebe dois homens olhando para você”. O imperativo e o tempo no presente são as chaves para dar a sensação de que se está lendo um livro em terceira dimensão.

Após um pouco desse diálogo entre autor e seu leitor hipotético, este descobre que o livro que tem nas mãos está incompleto, sem final. Voltando a livraria onde adquirira o exemplar descobre que todos os livros apresentam idêntico problema; e mais, outros livros estão embaralhados: o mercado literário foi inundado por obras com capítulos misturados entre si. O leitor terá agora um desafio, pois curioso para saber o fim da obra que tem nas mãos, terá se descobrir sua história nas páginas de outros livros. Com isso, Calvino abre as portas pelas quais nós somos transportados para uma trama na qual uma conspiração internacional pretende confundir os leitores de todo mundo. Mas qual seu propósito? Mistério...

Bem da verdade, o que o autor que é nos esbofetear com um livro desafiador enquanto faz ele mesmo uma crítica aos bestsellers que mais se parecem com novelas da Rede Globo – tão logo terminamos, já os esquecemos de lado. Aqui não, o livro nos inquieta e nos perturba, mas nos conduz compulsivamente para sua leitura página após página.
Enviado pelo seguidor Pedron. Obrigadooo
>>Decah

quinta-feira, 15 de julho de 2010

... A Fábrica de Papel...


“Imagine se puder aquele ponto onde o grande rio inicia sua corrida para o mar. Imagine que ele esteja em algum lugar entre a loja do señor. Urrutia e o colosso de Eiffel que, ate hoje, brota da lama de Iquitos. Imagine Floralinda como era: um milagre farfalhante no coração da selva, o brilho de um novo dia. Imagine o seu criador: um estudante da ciência que acredita em santos e que era discípulo de curandeiros. Como os índios da floresta amazônica gostam de dizer: um homem entra no universo porque é convocado. Os espíritos o chamam. Os movimentos começam. O destino se revela. Uma vez iniciado, não há retorno. Ele é a centelha entre o não ser e o ser, entre o vácuo e a vida – entre o silencio e a historia.”

>>M.H.

segunda-feira, 15 de março de 2010

...O Quinto Mandamento...



“Quarta-Feira, 30 de Outubros de 2002”.
“O que levaria uma aplicada estudante de direito, jovem e bonita, a planejar o assassinato dos pais e participar de cada etapa da elaboração do crime, prosseguindo sem hesitação ate a aterrorizante noite fatal? O que fez o namorado dela, um rapaz também aparentemente “normal”, encabeçar o plano com a ajuda do irmão?”
Assim, é o máximo que saberemos do caso Richthofen.
>>M.H.

sábado, 13 de março de 2010

...Inteligência Emocional...



Uma teoria que vem por em questão certas visões estreitas que ate hoje dominaram o conhecimento humano. Numa época em que se multiplicam manuais de auto-ajuda, tentando nos adestrar para a felicidade. O autor busca a ciência como guia para esta viagem pelos descaminhos da mente humana, sem prescrever formulas mágica, sem apontar terapias alternativas para a salvação humana.
>>M.H.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

...A Passagem do Anjo...



Na noite de lua cheia, frei Angelo Lorenzini se arrasta para parte mais escura de sua masmora e se esconde debaixo do cobertor. Os raios desgarrados de luar o levam ao limite de seus sentidos, fazendo a pele pinicar e o sangue correr furioso nas veias. Levantando as orelhas, ele escuta a lua uivante, porem tem o cuidado de não responder.
Sim , Angelo é um lobisomem. Desde que descobriu a herança deixada por seu avô, ele se pergunta o motivo dessa maldição – por que ele? Ate que esteja pronto para compreender esse mistério, ele terá que percorrer um longo caminho de desastres e sofrimento.
No Séc. Xlll, numa Itália profundamente marcada pelos conflitos entre os poderes eclesiásticos e imperial, Angelo tem uma rixa pessoal com o papa Bonifácio Viii que remonta a 50 anos, quando o pontífice ainda era o garoto Benedetto Gaetani.
Na verdade, a disputa com Gaetani é apenas um dos relacionamentos desastrados de Angelo. Como um Midas às avessas, Lorenzini destrói tudo o que toca. Sempre se envolvendo com mulheres proibidas e ferindo amigos sinceros, afasta de sua vida todas as formas de amor verdadeiro.
Por muitos anos, Angelo, que é ao mesmo tempo um ser divino e amaldiçoado, vive dividido entre suas duas naturezas, incapaz de entender sua essência. Ao fim da longa busca por Deus e sua verdade, Angelo descobre que aquilo que procurava estivera o tempo todo dentro dele. Afinal, todo mundo não tem um pouco de animal e de anjo?
Do mesmo autor do Best-seller A Conspiração Franciscana.

...O Guardião de Memórias...

Inverno de 1964: Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o medico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down.
Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará ate a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrolam, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. Obvio leitura obrigatória. Ah prepare os lenços.