quinta-feira, 15 de julho de 2010

... A Fábrica de Papel...


“Imagine se puder aquele ponto onde o grande rio inicia sua corrida para o mar. Imagine que ele esteja em algum lugar entre a loja do señor. Urrutia e o colosso de Eiffel que, ate hoje, brota da lama de Iquitos. Imagine Floralinda como era: um milagre farfalhante no coração da selva, o brilho de um novo dia. Imagine o seu criador: um estudante da ciência que acredita em santos e que era discípulo de curandeiros. Como os índios da floresta amazônica gostam de dizer: um homem entra no universo porque é convocado. Os espíritos o chamam. Os movimentos começam. O destino se revela. Uma vez iniciado, não há retorno. Ele é a centelha entre o não ser e o ser, entre o vácuo e a vida – entre o silencio e a historia.”

>>M.H.

3 comentários:

  1. Aewww, finalmente postando mais um livro..
    nem me disse que tinha esse...
    parece ser interessante...
    em agosto começa a troca de livros!!

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  2. Muito legal o livro. Ele me faz lembrar um outro, se chama "O General na Biblioteca" de Ítalo Calvino, escritor de contos fantásticos e absurdos. Num conto do livro, Calvino imagina uma cidade de ladrões, na qual a cada noite os habitantes saíam de suas casas para roubar outras moradias. Tudo ia bem até um dia um deles querer se rebelar. Ele não sairia mais de casa pela noite e com isso também não deixaria que lhe roubassem. De um modo torto e divertido, o avesso revela-se um meio para se atingir o certo e a solução para a harmonização daquela sociedade é aprender que não deviam mais roubar. Talvez uma fábula kantista sob um caledoscópio míope.

    Abraços a todos e continuem lendo e escrevendo"
    Flávio Pedron

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  3. Decah, a livro é do Arnaldo. Ele havia me falado sobre ele, mas nem tinha dado confiança, quando li, amei.
    Valeu Pedron!!

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